Pode Marx explicar a crise de saúde mental?

Por que a teoria de alienação é chave para entender a dor coletiva? Como o sistema busca “privatizar” o sofrimento psíquico? Quais são as táticas corporativas de felicidade vazia para manter a exploração? Livro destrincha novos ardis do capital.

Micha Frazer-Carroll em entrevista a Taj Ali, no JacobinLat | Tradução: Roney Rodrigues

Por: OUTRASPALAVRAS – 26/10/2023

Um novo estudo publicado neste mês pelo Chartered Institute for Personnel and Development (CIPD) da Grã-Bretanha mostra que o absentismo laboral [ausências no trabalho, seja por falta, atraso ou pouca motivação] atingiu o seu nível mais elevado em dez anos e que o estresse é uma das principais causas de doenças de longa duração. Uma análise de dados em mais de 900 empresas – que empregam 6,5 milhões de trabalhadores – revelou que, no último ano, 76% dos entrevistados tiraram licença médica devido ao estresse, com razões que incluem pressões relaci1onadas com o trabalho e com o custo de vida.

Embora seja cada vez mais evidente que o trabalho moderno está causando uma epidemia de problemas de saúde mental, na maioria dos casos continua ela continua a ser entendida e tratada como um problema médico individual. No seu novo livro Mad World: The Politics0 of Mental Health [Mundo Louco: a política de saúde mental, sem tradução Brasil] a jornalista e escritora Micha Frazer-Carroll questiona esta ortodoxia e sustenta que a crise da saúde mental é um fenômeno político moldado pelo capitalismo e pelas forças sociais que o sustentam. Micha conversou com o Tribune sobre o porquê dela acreditar que o declínio da saúde mental é um problema econômico e político – e que, portanto, requer soluções econômicas e políticas.

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Celio Calmon

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