Por: Rafael Sanz – Revista Forum – Foram cerca de 60 mil pacientes mortos nas dependências do Hospital Colônia em Barbacena (MG) durante 8 décadas; Para profissionais da área, é preciso “estar vigilante” para a repetição das práticas em comunidades terapêuticas
O documentário “Holocausto Brasileiro”, disponível na Netflix desde o final de fevereiro, narra os horrores do Hospital Colônia, antiga instituição psiquiátrica localizada em Barbacena, Minas Gerais, onde estima-se que mais de 60 mil pacientes morreram vítimas de maus tratos e da precariedade e desumanização inerentes ao “tratamento” oferecido. Mais do que isso, o filme inspirado em livro de mesmo nome da jornalista Daniela Arbex, faz um grave alerta para a possível repetição de tais práticas na atualidade sobretudo a partir das chamadas “comunidades terapêuticas”.
O Hospital Colônia foi fundado em 1903, mas sua história começa na última década do século XIX. Naquele momento era difundido um tipo de discurso que apontava as regiões serranas do Rio de Janeiro e Minas Gerais como zonas de clima mais ameno e próprias para práticas de cura e fortalecimento da saúde em oposição à capital, a cidade do Rio, que vivia época de intensas epidemias e insalubridade. Dessa maneira, tanto Barbacena como outras localidades correlatas eram o destino de “spas de luxo”, conforme expressão usada por historiador entrevistado para o documentário.
Leia a matéria completa – 21/03/2024