Por: Guilherme Arruda – OutraSaúde – Nos últimos anos, multiplicaram-se diagnósticos psiquiátricos e prescrições de remédios. Em novo livro, psiquiatra alerta: medicalização da vida só interessa às farmacêuticas – e é preciso mais atenção ao problema político do sofrimento psíquico.
No Brasil e no mundo, a percepção de um aumento no sofrimento mental da população tem sido compartilhada não apenas por profissionais de saúde, mas também por observadores de diversas áreas. Contudo, alguns notam, outros dois fenômenos acompanharam esse primeiro: o crescimento explosivo nos diagnósticos dos chamados “transtornos mentais” e a igualmente meteórica multiplicação das prescrições de remédios psiquiátricos.
Mas seriam estes caminhos corretos para lidar com o sofrimento? Ou grandes atores econômicos estão se beneficiando indevidamente da crise de saúde mental? É o que debate o recém-publicado livro Desmedicar – a luta global contra a medicalização da vida, organizado por Paulo Amarante, psiquiatra e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), e Robert Whitaker, jornalista norte-americano e fundador da revista de debates críticos sobre psiquiatria Mad in America.
Leia a matéria completa – 09/10/2024