Por: Leticia Gonçalves – Voz das Comunidades –Com cuidadores disponíveis 24 horas, o objetivo das casas é promover a autonomia e assegurar um tratamento humanizado.
Derci Pereira da Silva, a moradora mais antiga da Casa Terapêutica do Vidigal, passou 17 anos internada na Clínica da Gávea, onde enfrentou um tratamento desumano. Em 2013, com a chegada da reforma psiquiátrica no Rio de Janeiro e a implementação das residências terapêuticas, sua vida tomou um novo rumo. A desocupação dos manicômios e hospitais psiquiátricos deu lugar a essas casas, oferecendo uma alternativa para pacientes com transtornos mentais. Foi nesse novo contexto que Derci reconquistou sua individualidade e sua voz. Hoje, ela realiza atividades cotidianas, como pintar as unhas, interagir com os outros, namorar e ir aos shows de Sidney Magal.
As residências terapêuticas, oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), são moradias destinadas a pessoas com transtornos mentais, incluindo aquelas que foram liberadas de internações psiquiátricas, mas não possuem apoio financeiro, social ou familiar suficiente para reintegração à sociedade. Essas residências representam uma forma de reparar, ou mesmo de compensar, aqueles que passaram décadas em hospitais psiquiátricos, isolados do contato com a sociedade e o mundo exterior.
Leia a matéria completa – 08/01/2025