A manicomialização da vida e os novos campos de concentração

Por: Rachel Gouveia Passos – Le Monde Diplomatique Brasil – Apesar de não serem dispositivos de saúde e assistência social, as comunidades terapêuticas propõem ofertar um “tratamento” partindo da abstinência, da centralidade do trabalho forçado e da religião como forma de cura.

No dia 14 de maio de 2024, o site Metrópoles publicizou a criação de um grupo de trabalho interministerial para desinstitucionalizar jovens que estão em comunidades terapêuticas. De acordo com a matéria, o Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad) aprovou uma resolução que proíbe o atendimento para adolescentes em comunidades terapêuticas. Interessante destacar que a única pasta que compõe o Conad e votou contra a recomendação foi o Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, já que na atual gestão criou-se o Departamento de Entidades de Apoio e Acolhimento Atuantes em Álcool e Drogas. 

As comunidades terapêuticas são instituições que se propõem ao acolhimento de pessoas que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, em especial, aquelas que se encontram em maior vulnerabilidade social. Em boa parte das instituições, o “tratamento” oferecido está baseado no tripé trabalho, disciplina e espiritualidade. Além disso, apresentam-se como instituições de portas abertas, ou seja, a pessoa poderia sair no momento desejado. Entretanto, percebe-se que a metodologia de trabalho difere do exposto. 

Leia a matéria completa – 21/05/2024

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Celio Calmon

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