Por: Gabriella Ramos – g1 Campinas e Região – Segundo especialistas, a quebra do estigma sobre o conceito de “louco” ao longo dos anos foi essencial para descartar ideias que colocavam qualquer pessoa marginalizada na “caixinha” da insanidade, prejudicando tratamentos e fortalecendo preconceitos.
🏛️ Na Grécia Antiga, segundo o filósofo Michel Foucault, acreditava-se que a loucura poderia ser causada pelos deuses. Na tragédia As Bacantes, de Eurípides, isso é representado pelas seguidoras de Dionísio, o deus do vinho.
As mênades, como eram chamadas, entravam em um estado de êxtase e agiam sem se importar com as normas sociais, numa espécie de “loucura sagrada”. Foi na Idade Média que a relação entre loucura e verdade divina tem uma mudança drástica, descrita por Foucault no livro “História da Loucura na Idade Clássica”, publicado em 1961.
Até a Idade Média, a ideia do conceito de loucura variava porque ela era orientada por uma questão muito mais ligada ao misticismo. A noção de ciência, de uma referência universal por meio da qual todos os seres humanos se orientam, não estava consolidada. Então todo conhecimento era particular, regional.
— Sara Antunes, antropóloga e cientista social e pesquisadora de pós-doutorado no departamento de Saúde Coletiva da Unicamp
Leia a matéria completa – 12/04/2024