Por: Gabriela Leite – OutraSaúde – Em dez anos, casos de ansiedade de crianças e adolescentes cresceram entre 15 e 44 vezes. Aos sinais de crise real, soma-se a cultura de hiperdiagóstico. Saúde Pública pode ser transformadora – mas ainda há muita indiferença diante do problema.
Como os adultos, também as crianças e adolescentes enfrentam um mau momento no que diz respeito a sua saúde mental. Em levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, divulgado na semana passada, constatou-se, em 10 anos, um aumento de 1.575% no atendimento, no SUS, de crianças entre 10 e 14 anos por sofrerem de ansiedade. Entre os adolescentes de 15 a 19 anos, o aumento foi de 4.423% – alcançando o número de 53.514 atendimentos em 2024, mais de seis por hora.
Mas o sistema de saúde está pronto para atender a essa demanda? Um grupo de pesquisadores foi atrás de respostas, e sintetizou suas conclusões em artigo recém-publicado na revista Cadernos de Saúde Pública (CSP), parceira editorial do Outra Saúde. Entrevistaram genitores de crianças de 3 a 16 anos que foram atendidos no serviço psicológico de uma policlínica ligada ao SUS, em uma cidade média sudestina, que carece de uma unidade de Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Caps-IJ).
Leia a reportagem completa – 05/02/2025