Por Paulo Amarante – Site Outras Palavras –Um protagonista do movimento pela Reforma Psiquiátrica relembra seus primórdios e escreve: “Para retomá-la, não basta revogar os atos do pesadelo – é preciso construir um país que saiba defender-se dos fascistas. Isso se dará agindo com a sociedade e não para ela”.
Neste momento de retomada da reforma psiquiátrica antimanicomial no Brasil, está se lutando para anular e revogar as iniciativas de desmonte de tudo o que foi feito em mais de 40 anos de processo de defesa e realização de direitos, autonomia, emancipação, despatologização e tratamento em liberdade das pessoas identificadas como “usuárias” de serviços de saúde mental ou portadoras de uma experiência de sofrimento mental. Porém, mais que isso, se luta para avançar ainda mais na medida em que foi possível identificar os alvos e objetivos dos setores fascistas, conservadores, reacionários. A partir de seus ataques medicalizantes, invasivos, antidemocráticos, proibicionistas, racistas, colonialistas, patriarcais e tantos outros, se faz necessário e importante reconhecer a relevância, a originalidade e a ousadia dos ditos “mentaleiros” (expressão ao mesmo tempo afetiva e pejorativa com a qual alguns companheiros e companheiras se referiam aos ativistas de reforma psiquiátrica antimanicomial).
Leia a matéria completa – 21/12/2023