Por: Maria Elenice Vicentini – DL News – O ano era 1978… vivíamos a época da ditadura. Nos chegavam notícias de pessoas presas, torturadas, desaparecidas, além de exilados políticos. Foi um período sombrio, onde suportamos a travessia dessa página infeliz da nossa história com a poesia, a potência de uma voz melodiosa que surgia nos embalando e inspirando a sonhar, acreditar em liberdade e igualdade.
O que poucos sabem é que ela foi também enfermeira, assistente social e terapeuta ocupacional. Trabalhou junto com a psiquiatra Nise da Silveira, ambas precursoras do movimento antimanicomial. Concursada pelo Ministério da Saúde foi trabalhar no Centro Psiquiátrico Nacional, em Engenho de Dentro/RJ, onde eram internadas pessoas com problemas mentais e comuns os tratamentos agressivos com eletrochoque e lobotomia. Nessa época as pessoas eram institucionalizadas nos manicômios e era comum serem abandonadas pela família. Dona Ivone se deslocava para os municípios do RJ e estados vizinhos, localizando parentes dos internos para apresentar uma visão de inclusão, buscando a desinstitucionalização; distintamente da maioria dos diagnósticos médicos, que desacreditavam a condição mental dessas pessoas.
Leia a matéria completa – 22/11/2023