Por Vilma Alves de Amorim, cidadã de Contagem/MG, usuária da RAPS de Contagem – Publicado em Esquerda Online – Meu nome é Vilma, sou uma mulher, negra, de 50 anos. Sou usuária da RAPS, e tive minha primeira crise quando era uma menina de 24 anos. Passei por muita coisa na vida. Fui casada à força. Já estive na rua. Minhas quatro filhas foram tomadas pelo estado. Fui presa, porque ao me defender de uma tentativa de abuso, acabei tirando a vida do abusador. Fui presa em setembro de 2014. Em agosto de 2015, fui encaminhada para cumprir medida de segurança no manicômio judiciário.
Lá no Jorge Vaz, último Manicômio Judiciário de Minas Gerais, você tem sempre que ficar de olho, se não vem alguém e dá um racha de capão no seu ouvido e você até cai no chão. De graça. Se uma pessoa reclama muito, levam ela pro “isolado”, para ficar em silêncio. Ela fica lá por sete dias e depois buscam ela. Dependendo a pessoa ainda ficava mais cinco. Não tinha tratamento igual no CAPS.
Leia a matéria completa – 26/03/2024